segunda-feira, 27 de agosto de 2018

A DIVISÃO DA ALEMANHA



A DIVISÃO DA ALEMANHA



     Bandeira da Alemanha Oriental                           Bandeira da Alemanha Ocidental

A Alemanha era vista internacionalmente como culpada pelas duas grandes guerras mundiais que aconteceram no século XX.
Findada a segunda guerra mundial as grandes potências  perceberam que era necessário ocupar a Alemanha com o objetivo de impedir que os alemães voltassem a ser uma potência militar e viessem outra vez a ameaçar a paz no mundo.
Desse modo a Alemanha foi dividida em quatro áreas de influência pertencentes às quatro grandes potências que saíram “vitoriosas” nos conflitos ocorridos durante a segunda guerra mundial.
A parte que ficou conhecida como Alemanha Ocidental era de influência dos Estados Unidos, Inglaterra e França e foi criada dentro de um projeto de nação, para ser reconstruída por um governo que fora eleito democraticamente, enquanto que a zona de influência da União Soviética tornou-se a Alemanha Oriental, na qual o sistema de governo era completamente diferente de uma democracia. A prova disso é que o Partido Social Democrata (PSD), que dirigia a Alemanha Oriental e por sua vez era dirigido por Walter Ulbrich recebia orientação da União Soviética e do Partido Comunista da União Soviética (PCUS).
O Partido Social Democrata e o Partido Comunista se uniram para formar o Partido Socialista Unificado da Alemanha que detinha o poder total na Alemanha Oriental, pois era o partido central, o que mandava no país, pois eles eram partidários da reforma agrária (ao modo deles), da expropriação dos grandes monopólios industriais e dos bancos, da erradicação de tudo que fizesse parte das bases do militarismo e do fascismo alemão.
A administração soviética naquela época ,piorou a situação na Alemanha Oriental em vista de que essas medidas, essa forma de governar, dificultava completamente a recuperação da economia.
Existiam formalmente outros partidos políticos no país, porém todos eram obrigados a integrar o grande bloco político, chamado Organização Democrática Antifascista  que mudou o nome posteriormente para Frente Nacional e era dirigido pelo Partido Socialista Unificado da Alemanha.
A criação das duas Alemanhas se tornou inevitável uma vez que ocorreu a elaboração de constituições diferentes nos dois Estados como também havia os interesses divergentes dos EUA e URSS nos dois blocos de zonas de ocupação.
A Alemanha Oriental passou a existir realmente como nação em 1949, mas as condições econômicas do país em 1949 eram piores que em 1945, pois quando os soviéticos chegaram nessa zona de ocupação eles destruíram quase toda a economia, com o objetivo de saquear o país e de ter uma compensação financeira, pois os alemães invadiram a URSS em 1941, e esta expropriação serviu como vingança contra os alemães.
Os soviéticos dilapidaram a Alemanha Oriental desmontando quase todo o Parque Industrial, empobrecendo esse país, dificultando a sua reconstrução e impedindo a legitimação de qualquer governo que pudesse ser estabelecido lá.
A URSS tomou  mais da metade das Indústrias Químicas e Metalúrgicas e boa parte das Indústrias básicas e de bens de consumo; as fábricas que ainda produziam na Alemanha Oriental trabalhavam para pagar as dívidas de guerra sem prazo para o encerramento dessa dívida.
A Conferência de Potsdam determinou que a Alemanha Oriental pagasse 10 bilhões de dólares devido à guerra, mas Stalin queria 20 bilhões.
Isso fez diminuir o consumo individual na Alemanha Oriental de 60% do PIB em 1936 para 30,9% em 1949 e o padrão de vida da população se tornou inferior ao que era antes da guerra, tanto pela destruição que o conflito causou quanto pelas políticas de expropriação na zona de ocupação soviética.
Na Alemanha Ocidental a situação era melhor tanto por causa do Plano Marshal como pela pressão dos sindicatos, que podiam pressionar já que o regime era democrático e tinha eleições.
Os EUA e a Inglaterra apoiavam a Alemanha Ocidental para que eles tivessem uma rápida recuperação e recuperassem a soberania nacional, pois pela localização geográfica eles se tornaram uma espécie de barreira de proteção a um possível ataque soviético à Europa.
A Alemanha Ocidental foi reintegrada à Comunidade Internacional e estabeleceu rapidamente relações diplomáticas e econômicas com vários países do mundo o que ficou conhecido como “o milagre alemão”.
Enquanto isso os soviéticos atrapalhavam de propósito a recuperação do lado oriental.
O resultado da política de Stalin, somado com a pobreza da região e a péssima qualidade de vida causou uma fuga em massa de trabalhadores, camponeses e intelectuais para a Alemanha Ocidental. Com essa fuga em massa de quase meio milhão de alemães orientais para o lado ocidental, mais de 500 mil hectares de terra foram abandonados o que, à médio prazo traria problemas sérios para o governo.
O governo não melhorou em quase nada a vida do povo o que ocasionou o surgimento de protestos, revolta e tentativa de greve por parte do trabalhador da Alemanha Oriental. Uma grande revolta se espalhou por 234 cidades e mais de 300 mil trabalhadores entraram em greve e foram combatidos com violência o que causou a morte de milhares de pessoas.
Revoltado com o ocorrido Bertold Brecht, um dramaturgo alemão, satirizou o governo dizendo que eles deveriam dissolver o povo e eleger outro, já que este povo não despertava mais confiança.
Posteriormente o povo da Alemanha Oriental aprendeu a ser um povo que necessitava de tudo, devido às condições em que vivia. Era um povo que estava sob a vigilância da Stasi, que era a polícia política da Alemanha Oriental, ou seja, era o serviço secreto do país o qual era orientado pelo serviço secreto da URSS.
Os agentes da Stasi se infiltravam em todos os lugares para espionar o povo, o cidadão comum, e a vida de todos era normatizada pela Stasi. Os agentes da Stasi, embora fossem alemães, eram mais fiéis à União Soviética que à Alemanha oriental.
Por conta dessa situação revoltante dos alemães orientais, a URSS emprestou 485 milhões de rublos para a compra de bens de consumo, suspendeu as exigências quanto à reparação de guerra e fixou  em 5% o orçamento máximo para gastar com o exército soviético que estava na Alemanha Oriental, devolveu 33 empresas, tudo numa tentativa de “agradar” o povo.
Quanto à reunificação da Alemanha as potências estrangeiras tinham um pé atrás, e, internamente havia o mesmo tipo de desconfiança em relação ao futuro da Alemanha.
O secretário geral do partido na Alemanha Oriental, o senhor Walter Ulbricht propôs ao chanceler da Alemanha Ocidental, o senhor Konrad Adenauer que fosse feita uma confederação a ser governada por um conselho, com representações paritárias em ambos os lados e essa confederação deveria convocar eleições livres e um referendo sobre a reforma agrária e a nacionalização das grandes indústrias, porém a proposta não foi aceita por não ser possível haver acordo entre uma ditadura e uma democracia.
A reunificação deveria ser feita, quando acontecesse, pelo povo, através de eleições e não por alguns governantes.
Nikita Kruchev queria forçar as grandes potências a reconhecerem a soberania da Alemanha Oriental e ameaçou devolver, em 1958, o controle das vias de acesso a Berlim, fato esse que obrigaria  todos os interessados a negociarem diretamente com Alemanha Oriental e esta seria vista então como um estado soberano.
Para que o leitor compreenda esse detalhe é necessário saber que Berlim não ficava localizada na divisa entre as duas Alemanhas e sim, que era localizada dentro da Alemanha Oriental, sendo que para chegar a Berlim, era preciso passar por dentro desse país.
Berlim fora dividida ao meio e era administrada, uma parte pelas grandes potências ocidentais, sendo que, tanto os EUA quanto a própria Alemanha Ocidental aplicaram grandes somas na reconstrução de Berlim.
Os norte americanos injetaram lá 600 milhões de dólares e a Alemanha Ocidental injetou alguns milhões de marcos. Como resultado disso houve um grande desenvolvimento econômico do lado ocidental (“ O milagre Alemão”), na década de 1960,sendo geradas mais de 600 mil vagas de emprego, para apenas 100 mil funcionários, o que fez o país ter que importar mão de obra de outros países, inclusive da Alemanha Oriental, onde a população jovem, pelo menos 3 milhões de alemães orientais deixaram o país.
Já do lado oriental não só a União Soviética deixava de investir no país, como ainda pilhava a cidade de Berlim.
Para o país isso era muito ruim, pois havia uma grande diferença econômica entre os dois países e os alemães orientais fugiam para a Alemanha Ocidental em busca de melhor qualidade de vida.
Se o êxodo continuasse acontecendo em menos de uma década a Alemanha Oriental ficaria despovoada.
O que quebrava o país não era apenas o êxodo dessa mão de obra, mas também a diferença monetária, uma vez que o marco alemão valia quatro vezes mais no lado ocidental e essa relação de 4 para 1 favorecia o contrabando de alimentação e bens de consumo, devido a URSS “subsidiar” a aquisição de alimentos e bens necessários à população. E logo os alemães ocidentais perceberam que, tendo uma moeda mais forte, poderiam comprar mais produtos na Alemanha Oriental que em seu próprio país.
A fuga de mão de obra juntamente com o contrabando, rendeu a Alemanha Oriental um prejuízo de cerca de 130 bilhões de marcos.
Ulbrich tentou resolver o problema da evasão de mão de obra que ajudava a quebrar o país e, em agosto, os países integranres do Pacto de Varsóvia, decidiram construir uma barreira que impedisse essa fuga.
No dia 13 de agosto o muro começou a ser construído, primeiro com tijolos e em seguida com placas de concreto, causando uma divisão que separou milhares de famílias.
Houve protesto por parte das potências ocidentais, mas de nada adiantou. A geopolítica naquele momento caminhou para um cenário mais “tranqüilo”.
A Alemanha dividida era interessante para soviéticos e americanos.
A URSS temia que houvesse uma aproximação da China com os EUA e precisava estar bem com a Alemanha para ter uma melhoria em alguns setores estratégicos da sua economia e enfraquecer a OTAN. Ulbricht, o governante do lado oriental, atrapalhou esse processo e foi pressionado a renunciar, ficando em seu lugar Erich Honecker, que foi conivente com a política dos soviéticos.
Com o passar dos anos, as duas nações alemãs acharam que era vantajoso para ambas se aproximar dos EUA e a Alemanha Oriental passou então a se afastar da URSS. 
A queda do muro de Berlim aconteceu de uma forma quase sem querer, porque o Partido Socialista Unificado, que mandava na política da Alemanha Oriental, propôs a liberação de viagens privadas, que deveria entrar em vigor na data de 10 de novembro de 1989, mas devido a uma falha de comunicação em um pronunciamento a respeito dessa proposta, houve uma aceleração na queda do muro. No dia 09 de novembro, o porta-voz do partido, o senhor Gunter Chabowski, fez um pronunciamento a respeito dessas novas regulamentações de viagem, porém, ele não havia estado presente nas discussões. Ele não sabia que a lei entraria em vigor apenas no dia seguinte, quando os guardas e todas as autoridades estariam avisadas e a postos.
Os jornalistas perguntaram a partir de quando aquela lei iria vigorar e ela respondeu: “ Até onde eu sei, já está em vigor”. Disse também que as regulamentações permitiriam até mesmo atravessar o muro rumo à Berlim Ocidental.
Alguns trechos desse pronunciamento foram ao ar na televisão e imediatamente milhares de pessoas seguiram rumo à Berlim Ocidental.
Os guardas não sabiam como reagir,  pois não tinham conhecimento dos detalhes da negociação para a travessia do muro. O secretário geral autorizou que as pessoas passassem mostrando apenas o passaporte, porém, era tanta gente que os guardas haviam perdido o controle. As fronteiras entre as duas Alemanhas foram abertas naquela noite.
O muro de Berlim havia sido construído não exatamente na fronteira entre os dois países, e sim, mais ou menos 10 metros dentro do lado oriental, de maneira que, quando alguém se aproximava do muro, do lado da Alemanha Ociental, era proibido, pois já estava em território estrangeiro e era impedido pelos guardas.  
No dia da travessia do muro, os policiais haviam subido no muro, mas já não demonstravam intenção de repreender o povo. Além de aparentar grande cansaço, eles se perguntavam : “Porque tudo isso ?”
Os alemães orientais passavam pelo muro e eram recebidos com alegria no lado ocidental. Os cidadãos da Alemanha Ocidental se aproximavam com flores nas mãos e os soldados que estavam em cima do muro, e eram da Alemanha Oriental, se ajoelhavam e baixavam o cano da arma e o povo colocava uma flor, numa demonstração de que ambos os lados, queriam a reunificação da Alemanha.
Passada a euforia, anos depois, os alemães da ex-Alemanha Ocidental, perceberam que para eles a reunificação não fora o que se esperava, em vista de que o governo taxava o povo com impostos mais altos para reedificar a ex-Alemanha Oriental, e isso fez muitos alemães se manifestarem usando camisas nas quais estava escrito: quero o meu muro de volta.
 Este texto que eu escrevi é baseado no livro: A Reunificação da Alemanha, de Luis Alberto Moniz Bandeira.



             

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

A Guerra do Vietnã


Foi uma guerra que jamais foi formalizada por não ter acontecido uma declaração nem por parte dos EUA nem por parte do Vietnã, exigida pela lei internacional. Foi sim, um conflito clássico da Guerra Fria, no qual, a declaração oficial de guerra poderia ocasionar uma reação em cadeia levando talvez à Terceira Guerra Mundial.
A luta vietnamita começou no ano de 1941, durante a Segunda Guerra Mundial. Liderados por Ho Chi Ming, um comunista de aparência frágil, porém com ideais inabaláveis, os vietnamitas venceram os japoneses; em seguida travaram luta com os franceses na chamada Guerra da Indochina, saindo vitoriosos em ambos os conflitos. Nas negociações de paz com os franceses em Genebra, o país acabou dividido: os comunistas ficaram com o norte e um governo de orientação capitalista ficou com o sul. A Guerra Fria havia dividido o Vietnã e plantado a semente da discórdia com os EUA. O país fora dividido pelo paralelo 17 sendo o norte dominado pelos comunistas de Ho Chi Ming e o sul liderado por Ngo Dinh Diem, sob a influência norte americana, influência esta que não era econômica, e sim, ideológica.
O presidente Eisenhower justificou a posição de seu país da seguinte forma: “ Se vocês colocarem uma série de peças de dominó em fila e empurrarem a primeira, logo acabará caindo até a última. Não permitiremos que os comunistas conquistem o Vietnã. Corre-se o risco de se provocar uma reação em cadeia e todos os Estados da Ásia Oriental tornar-se-ão comunistas, um após o outro.
A auto-imolação era uma forma de protesto contra a guerra, durante os conflitos ocorridos naquele país. Atos extremos eram realizados por monges que ateavam fogo no próprio corpo nas ruas de Saigon, em um protesto silencioso que culminou com a deposição do governo do Vietnã do Sul.
No dia 11 de junho de 1963 um monge budista chamado Thich Quang Duc, sentou-se no chão em um cruzamento movimentado, em Saigon, jogou gasolina no próprio corpo, em seguida ateou fogo, morrendo queimado sem emitir um único grito de dor. Morreu em silêncio.
As fotos do monge Duc queimando vivo, rodaram o mundo, fato este que chamou a atenção da opinião pública internacional, para a tragédia que estava acontecendo no Vietnã.

Seu nome de batismo era Lam Van Tuc, nasceu em 1897 em Hoi Khanh e morreu em Saigon em 11 de junho de 1963.



Outros monges seguiram o exemplo de Duc e os estudantes de Saigon apoiaram veementemente os religiosos, fazendo protestos contra o governo em todo lugar, ocasionando à ditadura de Ngo Dinh Diem o caos político e colocando em jogo todos os esforços americanos, que vinham ajudando o governo corrupto  desde a década de 50, na tentativa de conter o avanço comunista.
A pressão externa juntamente com as tensões em Saigon, culminaram com um golpe de estado apoiado pelos Estados Unidos, porém em primeiro de novembro de 1963, Diem e seus irmãos foram assassinados.
Começou no ano seguinte uma das mais sangrentas guerras do século XX:- A guerra do Vietnã ou Guerra dos Estados Unidos, como é chamada pelo povo vietnamita.
Esta guerra foi um conflito desigual, pois os americanos usavam um verdadeiro arsenal tecnológico contra a improvisação vietnamita.
Usavam-se também armas químicas contra uma população indefesa constituída na sua maioria por camponeses. Armas químicas como o Napalm, uma espécie de gasolina gelatinosa que aderia ao alvo e queimava devagar, com um efeito incendiário super eficiente. O Napalm é constituído de napteno e palmitato.
Calcula-se que os EUA tenham usado 338.237 toneladas desse produto durante a guerra, tanto em bombas incendiárias quanto em lança-chamas carregados pelos tanques de guerra.   
Outra arma química muito utilizada foi a agente laranja, que na realidade era incolor. É um produto formado de uma mistura de dois herbicidas agrícolas: os ácidos diclorofenoxiacético e triclorofenoxiacético, despejados nas plantações e florestas do Vietnã. Quando caia sobre a mata agia como um desfolhante, porém, seus efeitos incluem também câncer e deformações em recém nascidos.
A sanha assassina dos EUA, tão grande quanto a sua ganância e sede de poder, fez com que eles atacassem o Camboja, país vizinho do Vietnã, com o objetivo de capturar comunistas que se refugiavam nesse país. Isso provocou uma reação do Khmer Vermelho, facção do Partido Comunista da Camboja, que possuía uma forte ideologia maoísta e é acusado de assassinar pelo menos um milhão de pessoas.
O Kmehr Vermelho causou terror até a sua rendição, em 1999, um ano após a morte de seu líder, Pol Pot.
Merece registro o fato ocorrido no ano de 1968. No dia 16 de abril, 120 soldados americanos da Companhia Charlie atacaram com fúria desumana a aldeia de My Lai matando à sangue frio 504 aldeões. Sob a liderança do Tenente Calley, foram mortos idosos, crianças e mulheres.
Os americanos tinham certeza de que a vitória era apenas uma questão de tempo, porém a astúcia venceu a tecnologia, pois os vietnamitas conheciam a geografia de seu país, eram mestres na camuflagem e guerrilha.
Eles usavam túneis, armadilhas, ataques rápidos noturnos, trilhas apenas conhecidas por eles, etc.
A trilha Ho Chi Ming, com 16 mil quilômetros, estendia-se através da fronteira com o Laos e o Camboja e através dela, os vietnamitas transportavam pelotões, armas, munição, comida, com rapidez e segurança.
Para suportar os horrores da guerra, os soldados americanos faziam uso de drogas como a heroína, a maconha, o álcool, as anfetaminas ( que tinham o objetivo de manter a tropa alerta e acordada ), além do LSD, ópio, barbitúricos e alucinógenos.
Quando os soldados voltavam para casa levavam para o seio da sociedade americana a herança maldita do vício, em vista de que não houve nenhum tipo de apoio ou tratamento para os veteranos da guerra, provocando uma grande mudança social nos EUA. Os tempos eram de “psicodelia”com o surgimento do movimento hippie.
No continente asiático os norte-americanos enfrentavam uma luta sangrenta contra os vietnamitas; em seu país enfrentavam a rebeldia e os protestos indignados dos jovens e um conflito moral que dividia as opiniões, pois existia um grupo que apoiava a guerra e outro que via o seu próprio governo como inimigo.
Líderes como Martin Luther King e John Kennedy sonhavam com um mundo melhor. Movimentos negros e feministas ganhavam força. O racismo começou a ser combatido. Surgiu o rockrool e astros como Marlon Brando e James Dean se mostravam contra as insanidades da guerra.
Jovens recusavam a se alistar e um deles chamado Bill Clinton, queimou o seu cartão de alistamento e recusou-se a lutar no Vietnã.  
Surgiram grupos radicais como os Panteras Negras, que pregavam a luta armada contra o governo.
John Lennon, Jimi Hendrix e Muhamad Ali falavam abertamente contra a guerra. Disse Ali :- “Nenhum vietnamita jamais me chamou de crioulo”.
Os hippies pregavam a não-violência. Soldados que retornavam eram recebidos como assassinos e não como heróis.