domingo, 2 de setembro de 2018

A Origem da Vida

Louis Pasteur
Aristóteles














Filósofos e cientistas tentaram ao longo do tempo explicar como teria surgido a vida na Terra.
Até o século XIX havia a hipótese de que a vida poderia surgir tanto a partir do cruzamento entre seres vivos, como também de forma espontânea provinda da matéria bruta.
Essa ideia foi proposta por Aristóteles, há mais de 2000 anos e era conhecida por “abiogênese” ou geração espontânea a qual explicava que determinados materiais brutos, conteriam certo princípio ativo, uma força que comandava uma série de reações que acabavam transformando a matéria bruta em seres vivos.
Houve inclusive entre os defensores da abiogênese quem afirmasse que presenciara o momento em que uma fruta caíra de uma árvore e ao se aproximar do chão, havia se transformado em um coelho e correra para a floresta. Tal era a avidez que algumas pessoas defendiam a teoria da geração espontânea.
O biólogo italiano Francesco Redi realizou experiências que abalaram a abiogênese e favoreceram a “biogênese”, teoria que defende que a vida só pode se originar de outra vida pré-existente.
O naturalista holandês Anton Leeuwenhoek ao aperfeiçoar o microscópio descobriu o mundo dos microrganismos que se reproduziam e aumentavam em número com grande rapidez, fato este que levou os defensores da biogênese a supor que soluções nutritivas poderiam gerar espontaneamente microrganismos.
O fato é que a teoria da abiogênese perdurou até o século XIX, até que Louis Pasteur realizou experimentos os quais demonstraram a inviabilidade da geração espontânea.
Comprovada então a veracidade da biogênese e a inviabilidade da geração espontânea, a ciência se depara com um novo problema: se a vida surge apenas de vida pré-existente, quando e como apareceu o primeiro ser vivo?
Várias hipóteses surgiram então na tentativa de responder a essa questão, e entre elas, a mais aceita é a hipótese heterotrófica que supõe terem os primeiros seres vivos, surgido através da evolução lenta da matéria bruta, nas condições existentes da Terra primitiva onde a matéria inanimada era transformada em vida extremamente simples.
Calcula-se que os primeiros seres vivos surgiram na Terra há cerca de 3,5 bilhões de anos e que nosso planeta tem aproximadamente 5 bilhões de anos; logo em parte de sua existência a Terra foi despovoada e durante esse período teve tempo suficiente para criar condições de abrigar os primeiros seres vivos.
Estes seres vivos sendo heterotróficos, precisavam de alimento pré-fabricado para garantir a sua existência.
A hipótese heterotrófica considera algumas situações que são fundamentais para o aparecimento da vida na Terra, tais como:
- Os gases predominantes na atmosfera da Terra primitiva eram a amônia (NH3), o metano (CH4), o hidrogênio (H2) e o vapor de água (H2O);
- A condensação do vapor de água originava chuvas que caiam sobre a crosta quente, constituindo um ciclo de chuvas acompanhadas por descargas elétricas;
- A ausência da camada de ozônio propiciava um verdadeiro bombardeio da superfície terrestre por radiações ultravioleta de alta intensidade;
Em 1754, Stanley Miller, cientista norte americano construiu um aparelho onde colocou metano, amônia, hidrogênio e vapor d’água, imitando as prováveis condições existentes na atmosfera da Terra primitiva. Segundo a sua imaginação as descargas elétricas produzidas por ele, no interior do seu aparelho constituiriam uma fonte de energia capaz de promover o rompimento de ligações químicas de certas moléculas dos gases primitivos, originando outros elementos depois de haver uma reorganização em tais moléculas.
Depois de certo tempo ele observou que havia substâncias orgânicas no interior do aparelho, entre os quais, vários aminoácidos.
Em 1957, Sidney Fox, norte americano, tendo se baseado nas experiências de Miller, aqueceu uma mistura seca de aminoácidos e constatou a presença de proteinóides, numa evidência de que aminoácidos haviam se unido através de ligações peptídicas, numa síntese por desidratação.
Melvin Calvin, norte americano, bombardeou os gases primitivos com radiação altamente energética e obteve compostos orgânicos do tipo carboidrato.
Tais experiências serviram para demonstrar a possibilidade de ter havido a formação de compostos orgânicos, antes do surgimento da vida na Terra e tudo isso veio favorecer a hipótese heterotrófica, devido ao fato de que a existência da matéria orgânica é um pré- requisito básico, tanto para a alimentação dos primeiros heterótrofos, quanto para a sua própria formação.
Os compostos orgânicos originados na Terra primitiva possivelmente foram levados pela água da chuva até os mares e de forma lenta e progressiva os oceanos foram acumulando compostos orgânicos ao longo de vários séculos, tornando-se uma verdadeira “sopa de aminoácidos”, proteínas e carboidratos.
 Alexandr Oparin, cientista russo, observou que na água as proteínas se aglomeravam em pequenos grupos que foram denominados de coacervados; quando proteínas são colocadas em água, ocorre ionização dos grupos ácidos e aminas e eles adquirem cargas elétricas que podem atrair outras moléculas.
A possibilidade de que tenha havido este mecanismo nos mares primitivos é de fundamental importância para a tentativa de explicar a origem da vida, segundo a hipótese heterotrófica.
Para que houvesse a manutenção de tal processo o qual é bastante organizado e complexo, deve ter havido algum meio de obtenção de energia e a hipótese heterotrófica supõe que tenha sido através de um processo fermentativo, uma vez que a respiração aeróbia é um processo bastante sofisticado de extração de energia.
De alguma forma (que não está bem clara para a ciência) surgiram unidades no coacervado denominadas nucleotídeos, e a partir de tais unidades houve o surgimento dos ácidos nucléicos, passando então os coacervados a serem auto-suficientes e capazes de estabelecer um perfeito equilíbrio com o ambiente e tornarem-se dotados da capacidade de autoduplicação.
Após o surgimento dos ácidos nucléicos reguladores, os coacervados passaram a ser os primeiros seres vivos da Terra.
Em seguida ao surgimento dos heterótrofos fermentativos, vieram depois de milhões de anos, os autótrofos, que são seres dotados da capacidade de produzir o seu próprio alimento, possivelmente através da absorção de energia luminosa, tendo a presença de um equipamento enzimático capaz de promover reações de síntese que culminariam com a transformação de substâncias simples em moléculas orgânicas complexas, que serviriam de alimento.
Nesse ínterim a Terra já possuía um novo gás, o oxigênio, criando condições propícias ao aparecimento dos seres aeróbios, capazes de retirar energia dos alimentos com um rendimento superior ao processo fermentativo.
Este processo evolutivo que durou alguns milhões de anos, foi, segundo estudos realizados por renomados cientistas ao longo de muito tempo, o processo que culminou com o aparecimento da vida em nosso planeta; sendo assim, não há nada que impeça que este processo tenha se repetido em outros planetas do universo.
Portanto é presunção nossa supor que somos os únicos seres inteligentes e pensantes em todo o universo, afinal de contas, planetas como a Terra podem ser bastante comuns na nossa galáxia.
Astrônomos da Universidade de Toronto afirmam que mais de 50% dos 100 bilhões de estrelas que compõem a Via Láctea, podem ser orbitados por planetas de tamanho aproximadamente igual ao da Terra.
Estes pesquisadores estudaram a luz emitida por centenas de estrelas semelhantes ao Sol e concluíram que a maioria delas queima grandes quantidades de ferro, o que é um indício da presença de planetas rochosos como a Terra, sendo mais uma indicação de que a vida pode ser comum na nossa própria galáxia.
Daí concluímos que se apenas um por cento  das estrelas da via láctea tiver planetas rochosos orbitando ao seu redor, isto ainda representa bilhões de sistemas solares com o potencial de abrigar a vida.
E você, acredita que existam seres extraterrestres? Quando nós conversamos com alguém e fazemos essa pergunta, estamos sujeitos a escutar qualquer tipo de resposta. Isso aconteceu comigo na sala de aula. Metade da turma acredita que existam seres extraterrestres e a outra metade não. Mas quando nós mostramos um documentário feito com muita seriedade por pessoas  que tem total credibilidade diante de todos, tudo deixa de ser achismo  e aí nos encontramos diante de um novo mundo, cheio de informações. Saiba mais entrando em contato. Deixe o seu comentário. Participe.


 





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