sábado, 22 de dezembro de 2018

Período terciário, Período diluviano e período pos-diluviano


Período Terciário

Neste período o estado da superfície da Terra muda completamente de aspecto apresentando condições de vitalidade que se aproximam da atual. Houve no início desse tempo, uma parada na produção vegetal e animal, havendo marcas de uma destruição quase geral dos seres vivos. Novas espécies, com uma organização mais perfeita, melhor adaptada à natureza passa a viver sobre o nosso planeta.
A resistência da crosta terrestre já não era tão fraca, pois a sua espessura havia aumentado; as matérias em alta temperatura, comprimidas por toda parte, acabaram por produzir uma explosão na qual a massa granítica foi violentamente quebrada, formando-se rachaduras com a crosta sólida sendo erguida e aprumada, formando-se os picos e cadeias de montanhas e a superfície do solo tornou-se então desigual e as águas cobriram as partes mais baixas, deixando a seco grandes continentes; o aspecto do globo foi transformado, porém isso não aconteceu nem instantaneamente, nem simultaneamente sobre todos os pontos e sim, em épocas mais ou menos afastadas.
Uma das conseqüências desse soerguimento foi provocar uma inclinação nas camadas de sedimentos, que eram primitivamente horizontais. Nos flancos e nas vizinhanças das montanhas é que essas inclinações foram mais pronunciadas.
Essas camadas se ergueram em montanhas levadas acima do seu nível normal, e, fazendo-se um corte vertical no flanco da montanha, é possível se chegar à rocha granítica e vê-la em toda sua espessura, bem como bancos de conchas, primitivamente formados no fundo dos mares; são os depósitos marinhos que se encontram sobre determinadas montanhas, pertencentes às formações mais antigas e que estavam em sua posição primitiva, numa grande profundidade.
A massa granítica depois do soerguimento, deixou em alguns lugares fissuras por onde escapa a matéria em fusão: são os vulcões que são como que chaminés de uma imensa fornalha, são válvulas de segurança que servem de saída ao excesso de matérias ígneas, preservando a Terra de comoções muito mais terríveis.
Podemos ter uma ideia desse poder imenso provindo do centro da Terra ao saber que existem vulcões no próprio seio do mar, e que a massa de água que os recobre e neles penetra não é suficiente para extingui-los.
Materiais que foram arrastados pelas correntes das águas formaram as camadas do período terciário que podem facilmente ser reconhecidos tanto pela sua composição quanto pela sua disposição.
 As camadas dos períodos anteriores são quase uniformes por toda a Terra enquanto que as do período terciário são formadas sobre uma base muito desigual e pelo arrastamento das águas.
O período terciário no qual houve a formação de extensos continentes é caracterizado pela aparição dos animais terrestres.

Período Diluviano

É o período marcado por um dos maiores cataclismos que ocorreu no globo, mudando novamente o aspecto da superfície e destruindo enorme quantidade de espécies vivas. As águas foram retiradas de forma violenta dos seus leitos, invadindo os continentes, arrastando com elas terras e rochas, desenraizando florestas seculares, criando novos depósitos, chamados em Geologia de depósitos diluvianos. 
Como marca significativa desse desastre são as rochas chamadas blocos erráticos, que se encontram isolados nas planícies, sobre terrenos terciários, no início de terrenos diluvianos, a várias centenas de quilômetros das montanhas de onde foram arrancadas.

Tanto em Geologia quanto em Geomorfologia bloco errático, é uma pedra imensa transportada para locais distantes e difere do tipo de rocha nativa do local que se encontra

Estátua de Pedro, o grande

Um desses blocos provindos por sua constituição  das montanhas da Noruega, servem de pedestal à estátua de Pedro, o grande, em São Petersburgo.
Um outro fato do qual ainda não se explica a causa é de que foi nos terrenos diluvianos que se encontraram os primeiros aerólitos; foi nessa época que os pólos começaram a se cobrir de gelo e se formaram as geleiras das montanhas.
Essas mudanças devem ter sido bruscas, pois não deu tempo para que os animais se retirassem para os locais de clima quente. Seus fósseis foram encontrados em grande número nas terras polares.
Supõe-se que uma mudança brusca ocorreu na posição do eixo e dos pólos da Terra e, em conseqüência disso, muitos animais pereceram; outros tentaram escapar da inundação retirando-se para locais mais altos, nas cavernas e grutas, onde pereceram em massa sendo encontrada uma grande quantidade de ossos de animais diversos que se encontram em confusão.

Período Pós-diluviano  -  Nascimento do homem

 Depois de restabelecido o equilíbrio na superfície do globo, a vida vegetal e animal retomou o seu curso. O solo, fortalecido tomou posição mais estável; o ar tornou-se mais depurado; o sol derramava a sua luz através de uma atmosfera límpida.
Foi nessa época que apareceu o homem; o que se faz pensar assim é que não foi encontrada nenhuma marca da sua existência em nenhum período anterior; pode-se pois, considerar esse período como caracterizado pela sua presença.

Próxima postagem: Literatura Brasileira

 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

PERÍODO PRIMÁRIO, PERÍODO DE TRANSIÇÃO E PERÍODO SECUNDÁRIO


PERÍODO PRIMÁRIO

Período Primário

Com o resfriamento veio a solidificação da superfície exterior da massa em fusão, formando-se uma crosta resistente constituindo a pedra chamada granito, de extrema dureza e com o aspecto granulado, na qual se distinguem três substâncias principais: o feldspato, o quartzo ou cristal de rocha e a mica, que tem brilho metálico embora não seja metal.
A camada granítica, produto direto da matéria em fusão consolidada, foi a primeira formada no globo terrestre. Sobre ela foram depositadas camadas de outros terrenos formados posteriormente. Ela pode se distinguir de outros terrenos pela ausência de estratificação, pois ela forma uma massa compacta e uniforme.
O resfriamento também liquefez algumas matérias contidas no ar no estado de vapor e estes se precipitaram na superfície do solo. Com as chuvas formaram-se lagos de enxofre e de betume, que são misturas de hidrocarbonetos, solúveis em solvente orgânico, onde se encontravam também outros metais (ferro, cobre, chumbo, etc). Estes metais infiltraram-se nas fissuras e constituíram os veios e filões metálicos.
Devido à influência desses agentes, a superfície de granito sofreu decomposições alternativas e ocorreram misturas que vieram a formar os terrenos primitivos, diferentes da rocha granítica.
As águas que caiam sob forma de chuva sobre o solo ardente, se vaporizavam e tornavam a cair, em um ciclo que durou diversos séculos, até o momento em que a temperatura lhe permitiu ficar no solo no estado líquido.
Nesse primeiro período houve um verdadeiro caos de todos os elementos dissolvidos, procurando a sua estabilidade, em uma fornalha onde nenhum ser vivo poderia existir. Não é possível determinar a duração desse primeiro período, mas comparando-se uma bola de carvão incandescente do tamanho da Terra, calcula-se que o tempo necessário para que uma gota de água pudesse nela permanecer no estado líquido, seria de mais de um milhão de anos.

Período de Transição

No começo deste período a crosta granítica, era ainda muito fina, não oferecendo uma resistência muito grande à efervescência da matéria, que ela recobria e comprimia.
Produziram-se então nela, dilatações e muitas fraturas pelas quais a lava interior se expandia. O solo apresentava pequenas desigualdades em seu relevo e as águas cobriam quase toda a superfície do globo. O ar foi dissociado da matéria mais pesada que ainda estaria  em estado gasoso, pois esta matéria se condensava devido o resfriamento e caia sobre o solo, sendo arrastada pelas águas. Entenda-se este resfriamento em um sentido relativo, pois a temperatura ainda era muito quente.
A atmosfera estava ainda bastante obscurecida, entretanto os raios de Sol começavam a aparecer.
As camadas de terreno de sedimento começaram a se formar nessa época, depositadas que eram pelas águas lamacentas que continham matérias diversas. Quando as condições se fizeram propícias, apareceram os primeiros seres vivos, os vegetais de organização bastante simples, chamados na Botânica de criptógamas, acotiledônias, monocotiledônias, ou seja, os liquens, musgos, cogumelos e plantas herbáceas.
Os animais que sucederam os vegetais são exclusivamente marinhos, os pólipos, os radiários, os zoófitos, animais de organização muito simples que mais se aproximam da organização dos vegetais; depois vieram crustáceos e peixes cujas espécies não existem mais.
Os terrenos a descoberto foram tomados rapidamente por uma vegetação pujante devido ao calor, umidade e o excesso de ácido carbônico misturado ao ar, gás esse que não era próprio a respiração dos animais terrestres, mas necessário às plantas. Ao mesmo tempo as plantas aquáticas aumentavam em número no seio dos pântanos.
Devido o deslocamento das águas os terrenos com vegetação foram diversas vezes submersos, encobertos de novos sedimentos terrosos, havendo várias gerações de vegetais aniquilados e renovados, fato este que não ocorreu com os animais, pois eram até então, todos aquáticos.
Os detritos que foram acumulados durante imensa série de séculos, formaram camadas de grande espessura  que após sofrerem ações  da temperatura, pressão, umidade, agentes químicos, gás, ácidos e sais, produtos da combinação dos elementos primitivos, foram submetidos a uma fermentação que os converteram em hulha ou carvão, que são encontrados em todos os continentes.
A hulha é encontrada inclusive nos pólos e disso se conclui que naquela época a vegetação era uniforme e a temperatura também.
Os pólos não eram cobertos de gelo e a Terra tirava do seu interior o calor necessário, que era bem maior que o que podiam dar os raios solares, fracos devido a densidade da atmosfera. Com a diminuição do calor central, o aquecimento fornecido pelo Sol tornou-se preponderante e assim, se formaram as regiões polares, que por não receberem senão os raios oblíquos do astro-rei,  cobriram-se de gelo.
Este período provavelmente foi muito longo devido o número de camadas e a largura da camada de hulha encontrada. Na Baia de Fundy, na Escócia, foi encontrada uma grossa camada com 68 níveis diferentes que apresentavam traços evidentes de diversos solos de floresta.
Considerando-se mil anos para a formação de cada nível, seriam então 68 mil anos para esta única camada de hulha.

Período Secundário

  Findado o período de transição desapareceu tanto a vegetação colossal quanto os animais que caracterizaram essa época, e os estudos dos terrenos que constituem o fim desse período atestam grandes transtornos causados tanto pelos levantamentos do solo, quanto pelas erupções que derramaram grandes quantidades de lavas.
A vegetação do período secundário é menos colossal, possivelmente em consequência da diminuição do calor e da umidade, como também das modificações sobrevindas nos elementos constitutivos da atmosfera.
Sob o aspecto mineral, é caracterizado por camadas numerosas e fortes, que demonstraram uma formação lenta no seio das águas.
Os animais são aquáticos ou anfíbios; existem conchas e novos peixes com uma organização mais aperfeiçoada; aparecem os primeiros cetáceos.
Os animais que caracterizam essa época são os répteis monstruosos, tais como o ictiossauro (espécie de peixe-lagarto), o plessiosauro (réptil marinho), o teleossauro (que mais se aproxima dos crocodilos atuais), o megalossauro (grande lagarto), o iguanodonte (o maior dos lagartos que apareceu sobre a Terra), o pterodáctilo. O primeiro fóssil de plessiosauro foi encontrado na Inglaterra, em 1823.
Nesse período o ar sendo mais depurado e mais próprio para a respiração, permitiu a alguns animais, viver sobre a Terra. O mar tendo sido várias vezes deslocado do seu leito, favoreceu o desaparecimento dessas raças de animais aquáticos gigantescos, sendo substituídos por espécies análogas de tamanho menor.

Leia na próxima postagem a respeito do  período terciário, do período diluviano e  do período pós-diluviano ou atual.

 



segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Períodos Geológicos da Terra


Períodos Geológicos da Terra
Os diferentes terrenos que compõem a estrutura da Terra nos dão traços evidentes de sua formação. A Geologia lançou luz sobre a questão da origem do nosso planeta e da dos seres vivos que a habitam, sem contar com a possibilidade de hipóteses e sim através de uma rigorosa observação dos fatos, na presença dos quais a dúvida não é permitida, em vista de que a história da formação do globo está escrita nas camadas geológicas, onde a própria natureza fala e se mostra a descoberto. A Geologia tira conclusões  apenas daquilo que vê, não afirmando nada a respeito de pontos duvidosos. Sem as descobertas da Geologia e da Astronomia, a gênese do mundo ainda permaneceria nas trevas da lenda.
Fósseis de animais e vegetais foram encontrados em grandes quantidades  nas diferentes camadas que compõem o novo solo; alguns nas mais duras pedras, de onde se conclui que a existência deles é anterior à formação das próprias pedras. Devemos considerar o número prodigioso de séculos que foram necessários para haver o endurecimento dessas rochas e chegaremos a conclusão que o aparecimento de seres orgânicos sobre a Terra se perde na noite dos tempos.
Entre esses fósseis alguns sofreram petrificações propriamente ditas, pois foram penetrados em todas as partes por substâncias  silicosas ou calcáreas que os transformaram em pedras. Outras foram envolvidas por matérias  que se solidificaram depois e há também os que deixaram apenas marcas nas rochas; marcas com uma clareza e delicadeza perfeitas, tais como marcas de dedos e unhas, das quais se reconhecem de qual espécie de animal provinham.


Fóssil de dinossauro
Fóssil de filhote de pássaro de 127 milhões de anos
Luzia, o fóssil mais antigo das Américas
Os fósseis de animais encontrados podiam ser ossos, escamas, chifres, esqueletos completos ou partes, das quais se pode conhecer com perfeição a procedência.
 Feita a inspeção de uma mandíbula ou de um dente, descobre-se se pertence, por exemplo, a um animal herbívoro ou carnívoro. Sabe-se que todas as partes de um animal, tem correlação necessária com o todo, e assim, apenas um osso é suficiente para determinar a estrutura e forma geral, o gênero de vida do animal, seus hábitos, se são animais terrestres, marinhos ou de água doce. 
As camadas que compõem o solo foram originadas ao longo de períodos de tempo de grande duração e à medida que as camadas terrestres se aproximaram de nossa época, as espécies animais e vegetais se aproximaram também das que existem hoje.
Em uma determinada região onde foram encontrados fósseis marinhos, terrestres e de água doce é uma prova irrecusável de que essa região, foi invadida pelo mar, colocada a seco e coberta de lagos, fatos que ocorreram certamente ao longo de milhares de séculos, realizados por uma força poderosa que foi capaz de deslocar os oceanos, elevar as montanhas, provocando revoluções físicas, comoções violentas que modificaram completamente a superfície da Terra e dividiram a sua história em várias épocas ou períodos geológicos, cujo conhecimento é necessário para o estabelecimento da Gênese, sendo esses os seis principais: período primário, período de transição, período secundário, período terciário, período diluviano, período pós-diluviano ou atual.
Estado Primitivo do Globo
A Terra era em sua origem uma massa incandescente. Em conseqüência da irradiação do calor, pouco a pouco foi se resfriando e este resfriamento começou logicamente pela superfície, que endureceu, porém o seu interior permaneceu fluido devido às altas temperaturas.
A espessura da crosta terrestre é bastante variável, pois existem lugares, principalmente nos terrenos vulcânicos onde o calor e a flexibilidade do solo indicam que ela é bastante reduzida.
Ainda nesse tempo de massa incandescente, as substâncias que compõem a Terra e que nós vemos hoje, sob a forma de líquidos e de sólidos, encontravam-se num estado bastante diferente. Em consequência do resfriamento e das misturas os elementos formaram novas combinações. O ar em um estado consideravelmente dilatado possivelmente se estenderia por imensas distâncias. A água transformada em vapor, estaria misturada ao ar, juntamente com toda espécie de matéria capaz de volatizar, como os metais, o enxofre, o carbono e a densidade de todos esses vapores dava uma opacidade que não permitia a passagem dos raios do Sol.
Na próxima postagem escreverei sobre o período primário, período de transição e período secundário.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

No espaço



No espaço

Você sabe o que ocorre com os astronautas quando eles passam um longo tempo no espaço?
No início o astronauta sente tonturas e enjôo devido à falta de gravidade, pelo fato de o seu aparelho digestivo não estar acostumado à flutuação, o que não impede a realização das missões dadas a eles, pois este efeito desaparece dentro de aproximadamente dois dias.
Quando a missão espacial dura um longo tempo, o corpo humano passa por diversas transformações, que afetam os ossos e o sangue.
São mudanças que causam fraqueza no organismo, deixando os astronautas resfriados e causando também perda de peso.
Eles precisam ter antes da partida uma alimentação rica em vitaminas, alimentando-se de carnes, leite, frutas e verduras.
A reposição da alimentação durante a viagem é feita através de comprimidos e comida desidratada que os astronautas levam.
Os viajantes têm no espaço problemas de insônia bem como a necessidade de tomar banho, que eles o fazem com a utilização de toalhas descartáveis molhadas. Precisam também estar muito bem preparados para controlar os próprios nervos, pois eles se irritam  freqüentemente  devido ao estresse.
Passados poucos meses de uma missão espacial, o organismo do astronauta muda completamente e ele precisará conviver com essas mudanças.
Ocorre certo aumento na quantidade de líquidos na cabeça do astronauta, ocasionado pela falta de gravidade, fato este que deixa o rosto bastante inchado e com a pele esticada.
Por causa da concentração de líquidos na cabeça, a quantidade de cálcio no corpo cresce bastante, podendo causar pedra nos rins dos astronautas.
A massa muscular diminui, o mesmo ocorrendo com o peso do coração; assim, é modificado o desenvolvimento do coração, alterando as suas batidas e fazendo o sangue do astronauta circular pelo corpo de forma diferente. Com todas essas alterações diminui a produção de glóbulos vermelhos o que pode causar anemia.
Os músculos das pernas diminuem lentamente atrofiando, e por vezes, os astronautas têm dificuldades de manter o corpo de pé. Quando estão de volta a Terra, precisam ser amparados por não conseguirem andar sozinhos. 
Essas mudanças que não ocorrem apenas nos músculos, também atingem o esqueleto, devido os ossos ficarem menores por causa da perda de cálcio. Quando eles estão na gravidade da Terra ocorre renovação dos ossos o tempo todo, porém no espaço sem gravidade o nível de cálcio aumenta bastante, obrigando o organismo humano a expelir o excesso desse mineral, causando a diminuição dos ossos.
Quando ocorrem missões espaciais de longa duração, há o perigo de que os astronautas fiquem expostos aos raios cósmicos, provindos de outras galáxias, que podem provocar neles alterações em suas células até podendo provocar mutações nos genes.

domingo, 21 de outubro de 2018

Geologia da Lua e da Terra


Geologia da Lua e da Terra

A terra e o seu satélite natural

 Agora você conhecerá um pouco da geologia da Lua através da comparação com a geologia da Terra.
A Lua apresenta um relevo bastante irregular, semelhante ao encontrado na Terra, com imensas elevações, vales e fendas. Nela há dois tipos principais de topografias: os mares, que são planícies grandes, pouco acidentadas que são vistas da Terra a olho nu e os planaltos, que são áreas ásperas em torno dos mares, tendo coloração clara e cheia de crateras.
Com o desenvolvimento das naves espaciais descobriu-se que toda a superfície da Lua, mesmo os mares que são aparentemente lisos, na verdade são cobertos de crateras, algumas enormes e outras medindo menos de um centímetro.

Os astronautas que participaram das várias missões lunares trouxeram amostras de rochas que foram analisadas por geólogos; são amostras de grande importância, pois fornecem informações de um segundo corpo celeste, que nos permite comparar os processos que ocorrem na Lua com os que ocorrem na Terra.
Grande parte da história geológica da Lua está guardada nas rochas lunares e os nossos geólogos tentam decifrar esse registro.
Há uma grande diferença entre as rochas que compõem os mares lunares das rochas que formam as áreas montanhosas.
A rocha 12064 é uma pedra vulcânica retirada do Oceano das Tempestades pelos astronautas da Apolo 12, a qual apresenta uma textura bastante típica de magma resfriado rapidamente. Nesta rocha se pode ver clivagens que medem 3 milímetros por menos de meio milímetro, feldspatos que são grãos longos, finos e brancos que refletem a luz quando esta incide sobre as clivagens. Esta rocha é bastante parecida com o basalto terrestre, derramado sobre a superfície da Terra e resfriado rapidamente.
O conhecimento geológico que temos a respeito da formação de rochas na Terra pode ser aplicado às rochas lunares.

ROCHA LUNAR 12064

Em uma área onde há derramamento de lava, encontramos rocha de origem vulcânica chamada basalto. Nela podemos perceber alguns cristais que são grãos brancos os quais refletem a luz solar. A maior parte desse tipo de rocha consiste de cristais tão pequenos que não podem ser vistos nem com uma lupa e boa parte dessa rocha compõe-se de vidro vulcânico. Esses pequenos cristais indicam que a rocha ainda em estado de fusão se resfriou muito rapidamente e é isso que ocorre em regiões onde há derramamento de lava.
Comparando-se o tamanho dos cristais de uma rocha terrestre com o tamanho dos cristais de uma rocha retirada do mar lunar, nos dá a certeza de que ambas são rochas de origem vulcânica.
Há também outras técnicas para haver a confirmação e uma delas consiste em preparar secções finas das rochas terrestre e lunar que deixam passar a luz. A luz polarizada revela claramente os minerais de que se compõem as rochas. Os cristais são razoavelmente pequenos, em grande número e  com listras cinza-claro e cinza escuro: são cristais de feldspato.  
Os cientistas verificaram que as rochas lunares mais antigas datam de aproximadamente 3,9 bilhões de anos e foram encontradas nos mares lunares; as mais recentes tem cerca de 3 bilhões de anos. Elas são mais velhas que todas as formações rochosas da Terra.
Os mares lunares são antigos derramamentos de lava que inundaram imensas regiões da Lua.
Complicado foi desvendar a origem das rochas das regiões montanhosas, pois estas sofreram notáveis alterações desde a sua formação original. Elas em geral são compostas de partículas de pedaços de diversas outras rochas que formaram uma rocha nova chamada brecha, a qual é formada de uma mistura de pedaços quebrados e irregulares unidos por um material escuro.
A causa de tudo isso são os meteoróides que caem na superfície da Lua com grande velocidade e no impacto desenterram uma quantidade imensa de rocha, sendo que parte dessas rochas se funde, devido ao intenso calor produzido pela energia do impacto do meteoróide.


Rocha sólida se mistura com rocha em fusão a qual se resfria, endurece e forma a brecha.
Outra rocha trazida dos planaltos lunares,foi analisada pelos geólogos e apresentou as seguintes características: ela é composta inteiramente de cristais imbricados, bem maiores que os das rochas dos mares lunares.
Comparando com rochas terrestres que têm  essas características concluímos que se trata de uma rocha chamada  anortosita. Os geólogos afirmam que para que estes cristais tenham se tornado tão grandes, a rocha ainda em estado de fusão deve ter se resfriado a grandes profundidades durante um longo período. Daí se pode concluir que os planaltos lunares estiveram em certa fase em estado de fusão e se resfriaram lentamente.
É possível que as regiões montanhosas tenham sido as rochas que primeiro se formaram sobre a Lua, porque as rochas provenientes de lá, datam aproximadamente 4,5 bilhões de anos. A análise da composição química das rochas provindas dos planaltos e dos mares mostram que elas são compostas principalmente de cinco elementos: silício, alumínio, magnésio, ferro e cálcio.
A rocha lunar observada, proveniente das regiões montanhosas apresentou como cristais mais comuns, os feldspatos. O mesmo aconteceu com as rochas do mar, porém com cristais bem menores devido a rocha do mar ter se resfriado muito mais rapidamente.
Para que se derreta uma quantidade imensa de rochas é necessário que tenha havido uma fonte muito grande de calor dentro da Lua e tanto os mares quanto as montanhas estiveram em estado de fusão.
Os cientistas concordam que o interior da Lua pode ainda ser muito quente ou mesmo estar em estado de fusão.
Para verificar isso, foram colocados diversos sismógrafos na superfície da Lua com objetivo de que eles detectassem vibrações ocasionadas por tremores lunares e impactos de meteoróides. Os sinais gerados pelos sismógrafos são transmitidos por ondas de rádio para a Terra, para serem analisados por computadores.

Os abalos lunares foram registrados e indícios a respeito  da constituição  do interior da Lua, nos foram dados pelos diferentes tipos de ondas produzidos pelos abalos ocorridos na Lua.
As ondas “P”, as primeiras a chegar, viajam através das rochas sólidas como também das que estão em estado de fusão. Em seguida chegam as ondas “S”, que não viajam através da rocha em estado de fusão.
Quando os cientistas analisaram as ondas originadas na Lua( na face oculta ) perceberam que as ondas “P” que passavam pelo centro eram ligeiramente atrasadas, porém as ondas “S” que deveriam passar pelo centro da Lua, eram inteiramente absorvidas e somente chegavam a estação registradora as ondas “S” que passavam distantes do centro, significando que o núcleo da Lua está parcialmente ou completamente em estado de fusão.
A história geológica da Lua, narrada brevemente aqui, começa há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, na época em que se formava o sistema solar e a Lua era uma bola de fogo, a qual, a medida que ia se resfriando formavam-se diferentes tipos de cristais, cujos mais densos sedimentavam-se no fundo e os menos densos, especialmente os feldspatos emergiam formando camadas de diferentes tipos de rochas.
Os planaltos lunares se formaram durante os primeiros cem ou duzentos milhões de anos da existência do nosso satélite.
A Lua foi bombardeada por meteoróides durante centenas de milhões de anos.
A comparação feita do solo lunar e do solo terrestre só foi possível devido o avanço das pesquisas que foram realizadas com o desenvolvimento da Astronáutica.

 




domingo, 30 de setembro de 2018

VAMOS CONTINUAR SALVANDO O BRASIL

VAMOS CONTINUAR SALVANDO O BRASIL

Faltam poucos dias...

Gente eu peço a atenção de vocês novamente  para o texto que escrevi, cujo título é : O Governante de Bem.

Nesse texto eu faço você ver que - Os sentimentos de um coração bom, podem manifestar-se até mesmo debaixo de uma grande escassez de recursos, sabendo ( o governante de bem ) que governar significa na verdade SERVIR  e que o sacrifício por parte dos que estão situados nos postos mais altos do poder gerarão benefícios necessários àqueles que estão em posições inferiores e isso desperta no povo, um sentimento de gratidão, alegria e reconhecimento, que é de grande importância para o bem comum.

Qual deles traz no peito  os sentimentos de um coração bom? Você acha que os nossos governantes estão nos servindo ou se servindo do povo? Você conhece algum que concorda em cortar o próprio salário pela metade?, Tem alguém que abra mão das mordomias que “tem direito” ? Quem  dispensa  em favor do povo todo tipo de “ajuda” que tem recebido ao longo desses diversos mandatos ? Quem abre mão do auxílio combustível, paleto, etc, etc, etc...? Há algum segundo o seu entendimento capaz de fazer sacrifícios pelo povo? Qual deles aceitaria ser político sem salário de político e sim, ganhando o salário que ganhava antes das eleições? Você sabia que em vários países é assim que funciona o ofício de político?

Nós precisamos de políticos que promovam o resgate da credibilidade política e econômica, fazendo-se uma reforma administrativa no país, para melhorar a economia e tornar a máquina estatal mais presente, mais confiável  e mais competente;

 O desenvolvimento econômico de um país tem haver com a distribuição de renda e crescimento da economia. A distribuição de renda no Brasil é semelhante a de Honduras e Serra Leoa. A ONU classifica os países quanto ao desenvolvimento pelo índice de mortalidade infantil, esperança de vida média, industrialização, dependência externa, potencial científico e tecnológico, alfabetização, instrução e condições sanitárias. Você acha que a distribuição de renda feita no Brasil é somente entre eles ou eles dividem com o povo, melhorando a vida do cidadão brasileiro?

Lembre-se sempre que: Aquele que nunca  descansa, aquele cujo pensamento almeja de corpo e alma ao impossível, esse é o vencedor, pois ele se vale da perseverança que não enfraquece, até conquistar ponto por ponto a aprendizagem  e assim chegar ao sucesso, obedecendo e fazendo cumprir a lei. Se você conhece algum candidato que se enquadra nesse perfil, ELEJA-O.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

SOBRE A ASTRONÁUTICA


Sobre a Astronáutica

As viagens espaciais tiveram  como base tanto as Leis de Keppler, quanto as Leis de Newton.
O astrônomo alemão Johanes Keppler ao descobrir as leis do movimento planetário, descrevendo as órbitas dos corpos no espaço, como também a planificação dos vôos das espaçonaves e as leis de Newton, principalmente a lei da ação e reação, constituem o princípio empregado na Astronáutica.


Sir Isaac Newton
Johanes Keppler

A possibilidade da colocação de um satélite artificial em torno da Terra já havia sido prevista por Isaac Newton, ainda no século XVII, bastando para isso que tivesse velocidade suficiente para compensar a ação da força de atração , exercida pela Terra e ainda que o satélite fosse colocado nas camadas mais externas, fora da influência da atmosfera terrestre, pois assim não haveria redução da velocidade do satélite.

No século XIX, com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, quando o conhecimento a respeito do espaço aéreo, do vácuo e também do sistema solar foram ampliados, as viagens espaciais se tornaram aceitáveis.
Foi devido a esse notável progresso que surgiram diversos escritores de ficção científica, explorando com brilhante imaginação as grandes descobertas através da chamada Literatura de Antecipação.
A Astronáutica surgiu como ciência, com o desenvolvimento das teorias matemáticas a respeito das viagens interplanetárias, desenvolvidas por um professor de matemática, o soviético Konstantin Eduardovick Tsiolkowsky, o qual, no ano de 1903, previu o uso do foguete para a propulsão de naves interplanetárias.
Tsiolkowsky propôs o uso de hidrogênio e oxigênio líquido como propulsores e foi  o primeiro cientista a compreender a importância do foguete para o desenvolvimento da Astronáutica, além de ter deduzido pela primeira vez, as leis que regem o movimento de naves espaciais no espaço sem gravidade.
Ele determinou o rendimento dos foguetes e fez o estudo da influência da resistência do ar sobre o deslocamento das naves.

O desenvolvimento da Astronáutica se iniciou realmente depois de Primeira Guerra Mundial, quando foram publicadas obras importantes a respeito, que hoje são consideradas como clássicas: Método para alcançar alturas extremas, em 1923 ( A method of reaching extreme altitudes ) , que são estudos matemáticos sobre o princípio dos foguetes, do engenheiro americano Robert Hutchings Goddard; O foguete no espaço interplanetário, em 1923 ( Die rabete zudems planetenraumen ), nesta obra o autor, o engenheiro e físico austríaco-alemão Hermann Obert, analisou os problemas de construção de foguetes de combustível líquido;  Possibilidades para atingir os corpos celestes, em 1925 ( Die Erreichbarkeit der Himmehrkörper ), nesta obra o autor, engenheiro alemão Walter Homman explica os princípios da navegação espacial fundamentais, tais como “As elipses de Homman”, que unem as órbitas de dois planetas, havendo então economia de energia no voo de um planeta para outro.
Goddard lançou o primeiro foguete de propulsão à combustível líquido, no dia 16 de março de 1926; em 1927 foi fundada a primeira sociedade de astronáutica, na Alemanha – Sociedade Para Viajem Espacial ( Verein für Raumschiffahrt ), onde se reuniram técnicos em foguetes, como por exemplo, Hermann Obert e Werner Von Braun.
Ainda em 1927 foi criado o termo Astronáutica, pelo romancista francês Joseph Henri Rosny, em 8 de julho na Sociétè Astronomique de France.

Nas décadas de 20 e 30 são criados diversos eventos, publicações de livros, conferências, associações para uma melhor divulgação das ideias dos voos interplanetários, visando chamar a atenção do público, bem como obter apoio do governo, para o desenvolvimento das pesquisas aeroespaciais.
A Alemanha foi o primeiro país a compreender a importância dessas pesquisas, em seguida veio a União Soviética, que foram as nações onde mais se publicou sobre este assunto.

O engenheiro soviético Nikolai Alexevith Rinin  publicou   uma enciclopédia intitulada “ Comunicações Interplanetárias” e coube a Von Pirquet, propor o termo cosmonáutica, vocábulo que caiu em uso na URSS, enquanto nos demais países se utilizava o vocábulo astronáutica.
Foi publicado na França, no ano de 1938, um livro cujo título é “ A Exploração da Atmosfera superior e a possibilidade de voos interplanetários” ( Exploration por Fusees de la Très Haute Atmosphere e la Possibilité dês Voyages Interplanetares ), cujo texto é provindo de uma conferência pronunciada no ano de 1927.

Hermann Obert escreveu “ Caminho da Navegação Espacial” ( Wege zür Raumschiffahrt ),em 1929, na cidade de Munique. Suas obras motivaram diversos estudiosos da Astronáutica. Werner Von Braun  foi seu assistente e discípulo.
Na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) Konstantin Tsiolkovsky publicou um trabalho intitulado “Um Sistema Cósmico de Foguete”, enquanto Robert Goddard, lançou nos Estados Unidos o primeiro foguete com instrumentos de pesquisa. Registre-se que em 1926, Goddard lançou um foguete à propelente líquido e obteve enorme sucesso.
O cientista soviético Jakov Perelman (1882-1942) publicou um livro, na década de 30, intitulado “Viagem Interplanetária” ( Mejplanetuye Pontechest-viya ), com enorme tiragem e venda.
Foi a obra mais vendida sobre Astronáutica, da chamada Literatura de Antecipação, até então.

Nos Estados Unidos foram criadas diversas sociedades para o estudo da Astronáutica, como por exemplo, em 1930 a Americam Rocket Society e em 1963, o Institute of Aeronautics and Astronautics.
Em 14 de março  de 1930, em Dessau, na Alemanha, foi realizado o primeiro voo com sucesso de um foguete a propengol líquido; em seguida foi  iniciada uma investigação sistemática com foguetes, cuja direção ficou sob a responsabilidade dos alemães Walter Dornberger  e Werner Von Braun.
Hermann Oberth disparou de uma plataforma utilizada para treinamentos, um foguete movido a oxigênio e gasolina.
Em Leningrado no ano de 1930, foi criado o ‘Campo para o Estudo do Movimento por Reação” ( Grouppa isotchniya Reactivenov Dvijaniva ).
Von Braun e Dornberger lançaram modelos novos de uma série de foguetes, nos campos de prova de Kummersdorf, os foguetes Agregate 1, conhecidos como A-1, com propulsão feita a álcool e oxigênio líquido.
Em 1933 o físico alemão Eugen Sanger (1905-1964) publicou um livro intitulado “Técnica dos Foguetes à Reação” (Raketenflugtechnick). Neste mesmo ano foi criada a Britisch Luterplanetary Society.

Em 1934 Von Braun e Dornberger lançaram dois foguetes A-2 que alcançaram 2000 metros de altitude. Tais foguetes foram os precursores dos foguetes A-4, que mais tarde foram denominados de V-2.
No ano de 1935 Goddard lançou um foguete nos Estados Unidos, atingindo  2300 metros de altura.
Em 1936 começaram-se as pesquisas com foguetes-sondas, sob a direção de Teodore Von Karman no laboratório aeronáutico de Geggenheim do Instituto de Tecnologia da Califórnia.
Em abril de 1937, von Braun instala-se em Peenemünde e dois anos mais tarde lançou um foguete atingindo 12000 metros de altitude.

Os foguetes V-1 foram lançados inicialmente em 1941, no ano seguinte foram lançados os foguetes alemães V-2 que estabeleceram novos recordes de velocidade. Registre-se que os foguetes V-2, foram criados durante a segunda grande guerra. Ele era tido como o mais poderoso míssil militar e foi usado para bombardear Londres e Antuérpia.
Com a derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial, Werner Von Braun juntamente com aproximadamente 200 cientistas, foram para os EUA, continuar suas pesquisas; enquanto isso uma  equipe de fusólogos, partia para a URSS, onde colaboraram com o desenvolvimento da Astronáutica naquele país.


O princípio de propulsão de todo e qualquer foguete, seja ele simples ou sofisticado, é sempre o mesmo: o princípio da ação e reação, a lei fundamental do movimento. É a queima do combustível, em uma câmara de combustão que cria o gás, que num processo de expansão rápida, vem a pressionar a câmara de combustão, sendo o gás expelido através do ejetor, causando uma diferença de pressão, a qual impele o foguete para diante. A passagem do gás vem a ser a ação e o empuxo, que é a força propulsora do foguete, é a reação, concordando com a terceira lei de Newton, o Princípio da Ação e Reação. 

As partes básicas que compõem um foguete são sempre as mesmas: o local onde está a substância propulsora, chamado de envoltório cilíndrico, o qual contém um combustível e um comburente, que permite a queima de um combustível sem a necessidade de atmosfera; uma câmara de combustão; um ejetor para que haja a saída dos gases queimados e os modificadores de marcha que são os estabilizadores.
O deslocamento dos foguetes ocorre por meio de retropropulsão em vista de que os gases ejetados  em alta pressão vêm a impulsionar o foguete em direção oposta em consequência da energia que é comunicada pela expansão dos gases.
O conjunto de moléculas de gases terá uma quantidade de movimento que será equilibrada pela quantidade de movimento do foguete. As duas quantidades de movimento são iguais, ou seja, a quantidade de movimento das moléculas (Qm) deverá ser igual a quantidade de movimento do foguete (Qf), logo (Qm) = (Qf).

Este princípio de grande importância, denomina-se “Princípio da Invariância da Quantidade de Movimento”.
O jato de gases expelido pelo foguete, fornece a ele uma velocidade constante, devido a resistência do ar, porém, no caso de o veículo sair da atração gravitacional de Terra, sua velocidade será cada vez maior, pois ele estará em movimento uniformemente variado. No caso de o jato de gases  cessar, ele continuará o seu movimento com velocidade constante, em movimento uniforme, até o momento em que encontrasse outro astro, pois seria atraído pelo seu campo gravitacional.

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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

ASTRONÁUTICA


ASTRONÁUTICA

A conquista do espaço
  
Trata-se de uma ciência cujo objetivo é estudar todos os aspectos de locomoção no espaço. A Astronáutica estuda a solução para problemas relacionados com: a tecnologia de propulsão de foguetes; as órbitas dos satélites artificiais; a melhoria da estabilidade das naves; o correto desenvolvimento de instrumentos de prospecção, recepção e transmissão de informações; a sobrevivência humana no espaço e as técnicas de pouso em outros corpos celestes.

O homem  sempre sonhou com a possibilidade de voar e assim, conquistar o espaço; quando constatou que os astros eram corpos sólidos, o homem quis visitá-los; porém, por falta de condições tecnológicas suficientes, seus planos nem sempre tiveram êxito.
O escritor francês Júlio Verne (1828-1905), escreveu um romance de ficção científica, intitulado “ Da Terra à Lua “(1865), no qual ele forneceu a primeira descrição que se conhece de uma viagem realizada até a lua, feita através de processos totalmente científicos.


Júlio Verne nasceu dia 8 de fevereiro de 1828, em Nantes na França e morreu dia 24 de março de 1905, em Amiens na França.

Registre-se que há uma coincidência intrigante, pois tanto os visitantes do romance de Júlio Verne quanto os três astronautas que realizaram o primeiro voo ao redor do nosso satélite, na Apollo 8, os norte americanos Frank  Borman, James Lovell Jr e William Anders, partiram da Flórida, efetuaram uma volta ao redor da lua e  amerisaram  no oceano.




Os três tripulantes do Apollo 8: Frank Borman, James Lowell Jr e William Anders.


Este fato ocorreu no dia 21 de dezembro de 1968, e foi o primeiro voo tripulado em torno da lua,  o qual teve a duração de 20h 14’ 13”.
Júlio Verne foi um brilhante escritor de ficção científica, o qual, com suas obras influenciou  diversos pioneiros da Astronáutica. Ele conseguiu através da Literatura de Antecipação  prever situações e descobertas que vieram a ocorrer muito tempo depois de sua morte. Júlio Verne é um dos escritores geniais que conseguiu ver além do seu próprio tempo.As palavras são de Konstantin Tsiolkovsky (1857-1935):

“Durante muito tempo pensei no foguete como todo mundo, considerando-o apenas um meio de diversão, com algumas aplicações pouco importantes  na vida corrente. Não me lembro exatamente  quando me veio a ideia de fazer os cálculos dos seus movimentos. Provavelmente, os primeiros germes  dessa ideia foram fornecidos pelo fantástico Júlio Verne”. 



Konstantin Eduardovich Tsiolkowsky nasceu em 17 de setembro de 1857 em Izhevskoye, na Rússia e morreu em 19 de setembro de 1935 em Kaluga, na Rússia.

As teorias matemáticas sobre as viagens interplanetárias, são devidas a Konstantin Tsiolkovski e as primeiras experiências com foguetes à reação, que tinham a pretensão de solucionar o problema de propulsão nas viagens espaciais foram realizadas pelo engenheiro norte - americano Robert Hutchings Goddard (1892-1945).



Robert Hutchings Goddard nasceu em 5 de outubro de 1882 em Worcester, Massachusetts, EUA e morreu em 10 de agosto de 1945 em Baltimore, Maryland, EUA. Ele é considerado o pai dos modernos foguetes.

Em seguida vieram contribuições do engenheiro francês Robert Esnault Pelterie (1881-1957).



 Robert Charles Albert Esnault Pelterie nasceu em 8 de novembro de 1881 em Paris, França e morreu em 6 de dezembro de 1957 em Paris, França. Ele foi um projetista de aviões e teórico de vôos espaciais.

Contribuições do engenheiro alemão Hermann Obert (1894- 1989).


Hermann Obert nasceu em 25 de junho de 1894 em Sibiu, Romênia e morreu em 28 de dezembro de 1989 em Nuremberg, Alemanha.

 Hermann Obert  tinha como assistente Werner Von Braun (1912-1977) que na década de 1930, dirigiu na Alemanha, a construção dos foguetes V1 e V2, no centro de foguetes de Penemünde, utilizados na segunda guerra mundial, servindo como base para o desenvolvimento de pesquisas para  lançamento de foguetes norte americanos. 



Wernher Magnus Maximiliam Von Braun nasceu em 23 de março de 1912 em Wyrzysk, Alemanha, atualmente Polônia e morreu em 16 de junho de 1977 em Alexandria, Virgínia, EUA.


Esta réplica em tamanho real de um foguete V2 está no Museu de Peenemünde, na Alemanha.

 Aqui você tem uma pequena amostra do começo da História da Astronáutica.
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