Período Terciário
Neste período o estado da superfície da Terra muda completamente
de aspecto apresentando condições de vitalidade que se aproximam da atual.
Houve no início desse tempo, uma parada na produção vegetal e animal, havendo
marcas de uma destruição quase geral dos seres vivos. Novas espécies, com uma
organização mais perfeita, melhor adaptada à natureza passa a viver sobre o
nosso planeta.
A resistência da crosta terrestre já não era tão fraca, pois
a sua espessura havia aumentado; as matérias em alta temperatura, comprimidas
por toda parte, acabaram por produzir uma explosão na qual a massa granítica
foi violentamente quebrada, formando-se rachaduras com a crosta sólida sendo
erguida e aprumada, formando-se os picos e cadeias de montanhas e a superfície
do solo tornou-se então desigual e as águas cobriram as partes mais baixas,
deixando a seco grandes continentes; o aspecto do globo foi transformado, porém
isso não aconteceu nem instantaneamente, nem simultaneamente sobre todos os
pontos e sim, em épocas mais ou menos afastadas.
Uma das conseqüências desse soerguimento foi provocar uma
inclinação nas camadas de sedimentos, que eram primitivamente horizontais. Nos
flancos e nas vizinhanças das montanhas é que essas inclinações foram mais
pronunciadas.
Essas camadas se ergueram em montanhas levadas acima do seu
nível normal, e, fazendo-se um corte vertical no flanco da montanha, é possível
se chegar à rocha granítica e vê-la em toda sua espessura, bem como bancos de
conchas, primitivamente formados no fundo dos mares; são os depósitos marinhos
que se encontram sobre determinadas montanhas, pertencentes às formações mais
antigas e que estavam em sua posição primitiva, numa grande profundidade.
A massa granítica depois do soerguimento, deixou em alguns
lugares fissuras por onde escapa a matéria em fusão: são os vulcões que são
como que chaminés de uma imensa fornalha, são válvulas de segurança que servem
de saída ao excesso de matérias ígneas, preservando a Terra de comoções muito
mais terríveis.
Podemos ter uma ideia desse poder imenso provindo do centro
da Terra ao saber que existem vulcões no próprio seio do mar, e que a massa de
água que os recobre e neles penetra não é suficiente para extingui-los.
Materiais que foram arrastados pelas correntes das águas
formaram as camadas do período terciário que podem facilmente ser reconhecidos
tanto pela sua composição quanto pela sua disposição.
As camadas dos
períodos anteriores são quase uniformes por toda a Terra enquanto que as do
período terciário são formadas sobre uma base muito desigual e pelo
arrastamento das águas.
O período terciário no qual houve a formação de extensos
continentes é caracterizado pela aparição dos animais terrestres.
Período Diluviano
É o período marcado por um dos maiores cataclismos que
ocorreu no globo, mudando novamente o aspecto da superfície e destruindo enorme
quantidade de espécies vivas. As águas foram retiradas de forma violenta dos
seus leitos, invadindo os continentes, arrastando com elas terras e rochas,
desenraizando florestas seculares, criando novos depósitos, chamados em
Geologia de depósitos diluvianos.
Como marca significativa desse desastre são as rochas
chamadas blocos erráticos, que se encontram isolados nas planícies, sobre
terrenos terciários, no início de terrenos diluvianos, a várias centenas de
quilômetros das montanhas de onde foram arrancadas.
Tanto em Geologia quanto em Geomorfologia bloco errático, é
uma pedra imensa transportada para locais distantes e difere do tipo de rocha
nativa do local que se encontra
Estátua de Pedro, o grande
Um desses blocos provindos por sua constituição das montanhas da Noruega, servem de pedestal
à estátua de Pedro, o grande, em São Petersburgo.
Um outro fato do qual ainda não se explica a causa é de que
foi nos terrenos diluvianos que se encontraram os primeiros aerólitos; foi
nessa época que os pólos começaram a se cobrir de gelo e se formaram as
geleiras das montanhas.
Essas mudanças devem ter sido bruscas, pois não deu tempo
para que os animais se retirassem para os locais de clima quente. Seus fósseis
foram encontrados em grande número nas terras polares.
Supõe-se que uma mudança brusca ocorreu na posição do eixo e
dos pólos da Terra e, em conseqüência disso, muitos animais pereceram; outros
tentaram escapar da inundação retirando-se para locais mais altos, nas cavernas
e grutas, onde pereceram em massa sendo encontrada uma grande quantidade de
ossos de animais diversos que se encontram em confusão.
Período
Pós-diluviano - Nascimento do homem
Depois de
restabelecido o equilíbrio na superfície do globo, a vida vegetal e animal
retomou o seu curso. O solo, fortalecido tomou posição mais estável; o ar
tornou-se mais depurado; o sol derramava a sua luz através de uma atmosfera
límpida.
Foi nessa época que apareceu o homem; o que se faz pensar
assim é que não foi encontrada nenhuma marca da sua existência em nenhum
período anterior; pode-se pois, considerar esse período como caracterizado pela
sua presença.
Próxima postagem: Literatura Brasileira



